ORAÇÕES CATÓLICAS – I

ORAÇÕES CATÓLICAS – I

BREVE ESTUDO

A oração consiste propriamente na elevação da alma a Deus.

Santo Afonso, conhecido como Doutor da Oração foi um homem que muito orou. Em média ele dedicava oito horas diárias de oração.

Todo cristão tem a necessidade absoluta de pedir a Deus a salvação e de como a devemos fazer Santo Afonso nos responde. Santo Afonso recomendava que todos fizessem pelo menos uma hora de oração diária, além de frequentes e rápidas preces nas diversas oportunidades do dia.

A graça de orar é dada normalmente a todos e, mediante a oração, todos podem obter de Deus os outros auxílios necessários para a salvação.
Sem a oração, segundo a providência ordinária de Deus, serão inúteis todas as meditações, todos os propósitos e todas as promessas. Deus não concede senão a quem reza e reza com perseverança!

TIPOS DE ORAÇÃO:

Salmos – pessoal e comunitária.

Adoração – reconhecimento imediato:  Deus é Deus em toda sua glória.
Bendizer Aquele que é a fonte de benção, reconhecendo sua divindade.

Louvor – agradecer a Deus o que Ele fez e faz por tudo e por todos.

Ação de graças – agradecer a Deus o que ele fez por você.

Súplica – lutar na oração, pedir, clamar.

Intercessão – pedir em favor do outrem. O único mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo.

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Oração vocal – feita com palavras, escuta-se o som.

Oração mental – feita em silêncio, só com nosso pensamento.

Oração espontânea – feita a partir de nós mesmos, com nossas próprias  palavras e dirigidas a um objetivo específico pessoal.

Oração formulada – feita a partir de fórmulas oferecidas pela Sagrada Escritura ou pela Igreja.

Oração individual – feita por si próprio.

Oração comunitária – feita em grupo, em comunidade.

Oração litúrgica – feita individualmente ou em grupo, usando a Liturgia da Igreja.

OBSTÁCULOS À ORAÇÃO:

–  PECADO;

– NÃO TER HORÁRIO FIXO;

– NÃO TER LUGAR APROPRIADO;

– BARULHO INTERNO E EXTERNO;

– DISTRAÇÃO;

– NÃO DAR A DEUS PRIORIDADE (CENTRO DA VIDA).

VIRTUDES CARDEAIS E TEOLOGAIS

Sete virtudes-chave do católico:
As 3 teologais e as 4 cardeais

As virtudes são disposições estáveis de praticar o bem, que se aperfeiçoam com o hábito.
Elas podem ser humanas ou teologais: as virtudes humanas são adquiridas por meio do aprendizado e da prática, ao passo que as virtudes teologias são resultado da presença do Espírito Santo em nós, agindo sobre as nossas faculdades e suprindo as nossas fragilidades.

As 3 virtudes teologais

Se referem àquilo que tem a ver com Deus. As virtudes da Fé, Esperança e Caridade são teologais porque Ele próprio as concede a nós, convidando-nos a praticá-las de modo cada vez mais perfeito.

1 – Fé  –  A fé teologal nos leva a acreditar no Deus Uno e Trino, que é Pai Criador, Filho Salvador e Espírito Santo Santificador. Somente pela fé podemos conhecer a Verdade do Deus Altíssimo, revelada nas Sagradas Escrituras. É um dom.

2 – Esperança  –  A esperança teologal é a virtude pela qual desejamos e esperamos solidamente em Deus e em tudo o que Ele tem de maravilhoso para nós, seja nesta terra, seja na eternidade, que Ele coloca ao nosso alcance respeitando o nosso livre arbítrio de aceitá-la ou recusá-la.

3 – Caridade ou Amor Teologal  –  A caridade, como virtude teologal, não é a simples beneficência ou filantropia, mas sim a plenitude do amor. Deus é Amor e nos convida a participar de Si mesmo mediante a virtude teologal da caridade, pela qual O amamos acima de tudo e de todos e amamos ao próximo como a nós mesmos, dispostos inclusive a dar a vida por amor.

……

As 4 virtudes cardeais

“Cardo” em latim quer dizer “eixo”. Daí é que vem o termo que descreve as virtudes humanas da Prudência, da Justiça, da Fortaleza e da Temperança: elas são chamadas de virtudes cardeais por serem os eixos da vida virtuosa.

1 – Prudência  –  A prudência é a virtude do saber escolher. Não se trata de escolher entre coisas fúteis: a prudência nos ajuda a escolher os meios adequados para fazer o bem e vencer o mal. Podemos pecar contra a prudência de dois modos:
Por falta:  quando agimos sem refletir, ou por descuido, quando até refletimos, mas ainda assim fazemos mal feito.
Por excesso: trata-se da astúcia maliciosa, quando nos precavemos para ocultar um mal que praticamos, geralmente em relação a cuidados desvirtuados com a vida material.

2 – Justiça  –  É a virtude que nos leva a dar a cada um o que lhe é devido, incluindo a nós mesmos e a Deus. Por justiça, quando compramos algo, pagamos o seu valor; quando tomamos emprestado, assumimos o dever de restituir; quando contraímos uma obrigação, comprometemo-nos a cumpri-la. Quando se peca contra a justiça, o arrependimento e a confissão não bastam: a lesão cometida contra a pessoa que prejudicamos deve ser reparada.
Do ponto de vista religioso, a justiça está essencialmente ligada à santidade, com esforço cristão, compreender os defeitos de quem nos rodeia, perdoar setenta vezes sete (sempre), auxiliar para que os defeitos sejam superados e, principalmente, amar a todos, inclusive os que se apresentam cheios de defeitos e até aqueles que nos fazem o mal. É o que rezamos no Pai-Nosso: “…Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

3 – Fortaleza  –  É a virtude que nos dota de segurança em tudo o que fazemos, principalmente nas dificuldades e contrariedades, ajudando-nos a vencer o medo. Ela nos dá suporte e constância na procura do bem, firmando em nós a resolução de resistir às tentações e superar os obstáculos na vida moral (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1808).

4 – Temperança  –  É a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados, conforme bem explica o Catecismo da Igreja Católica (cf. nº 1809). Ela é o “freio da alma”, que nos faz usar com moderação os bens temporais: comida, bebida, sono, diversão, sexo, conforto…
A temperança nos ensina que para o uso de cada bem há tempo certo, contexto próprio e quantidade adequada.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE

SACRAMENTOS E

SACRAMENTAIS?

Os sacramentos foram instituídos por Cristo Jesus para outorgar graças e santificar. Sua eficácia (realização) independe da santidade do ministro e do fiel, pois é ação de Cristo (ex opere operato). O sacerdote evoca através, das palavras ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, a graça e, ela se manifesta santificando os objetos e as pessoas, purificando-os e conduzindo-os à salvação. São estes os sete sacramentos:

Batismo, Crisma ou Confirmação, Eucaristia, Reconciliação ou Penitência,  Unção do Enfermos e Ordem e Matrimônio.

Os sacramentais, foram instituídos pela Igreja, com a autoridade investida por Nosso Senhor Jesus Cristo, para cumprir sua missão salvífica na Terra.  Ele tem a sua graça na oração da Igreja e das disposições da pessoa que recebe ou o utiliza. Esta eficácia é chamada de “ex opere operantis Ecclesiae”, depende da fé e devoção do ministro e do fiel.

Os sacramentais são extensões dos sete sacramentos e nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso dia-a-dia.
Veja a seguir, quais são os sacramentais:

A ÁGUA BENTA
Tem o duplo significado de nos lembrar do nosso batismo e simbolizar a limpeza espiritual. É usada inclusive em exorcismos: o diabo não suporta a água benta porque é inteiramente impuro, imundo para toda a eternidade. Ela evoca a água que fluiu do lado de Cristo, símbolo do batismo, e traz à mente o dia da derrota do diabo: a crucificação de Cristo para nos redimir do pecado e nos oferecer a salvação. Um antigo costume era fixar recipientes com água benta na parede da casa onde cada morador  tocava antes de fazer o Sinal da Cruz, acolhendo assim a bênção de Deus.

O SAL ABENÇOADO
Também é um antigo costume manter em casa um pequeno recipiente de sal abençoado. Ele representa uma poderosa arma contra o mal, conforme o texto usado na sua bênção de acordo com o Ritual Romano: o sal abençoado é descrito como símbolo de saúde para a mente e o corpo daqueles que o utilizam porque tem o sentido de nos livrar da impureza e nos proteger dos ataques malignos. O próprio Cristo nos exorta, no Evangelho, a ser sal da terra e luz do mundo.

O CRUCIFIXO

Outro sacramental muito poderoso, e que é encontrado com mais frequência em nossas casas. Ele não apenas nos recorda o grande Amor de Deus para conosco, mas também é uma das armas principais contra os inimigos espirituais.

O crucifixo é a derrota de Satanás e o sinal de tudo o que ele despreza. Eles devem ser abençoados por um sacerdote.

O ESCAPULÁRIO
Um dos mais conhecidos sacramentais da Igreja é particularmente poderoso e inspirador: o escapulário de Nossa Senhora do Carmo. O escapulário ou bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração a Santíssima Virgem Maria, na esperança de sua proteção maternal.

Vaticano II: “um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja” (SC 60).

AS MEDALHAS

A Igreja nos orienta que as medalhas por si só, sem sua oração, não fornecem nenhum poder ou proteção.

Ao utilizar uma medalha demonstramos um juramento para com a palavra de Deus, demonstrando que temos um compromisso de seguir o exemplo daquele santo, para vivermos uma vida em Jesus Cristo.

O VÉU

O Código do Direito Canônico de 1917, cânon 1262, obriga as mulheres a cobrir a cabeça, portanto um costume imemorial. Manifesta-se na Ordem Divina invisível. Ao usar o véu as mulheres imitam Nossa Senhora.

By | 2023-01-13T14:40:42-03:00 março 9th, 2018|Categories: Devocionário da Anunciação do Senhor|1 Comment

One Comment

  1. Cida 13 de janeiro de 2023 at 09:17 - Reply

    Lindo!

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